quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Voltei!






Finalmente conseguimos nos mudar! Fiquei tanto tempo sem escrever aqui, justamente por isso. Essa mudança foi, ou melhor, está sendo punk! A gente não tem ideia de quanto cacareco tem em casa até ter que empacotar tudo e levar para o novo apto. E para deixar tudo ainda mais complicado, o nosso antigo prédio tinha um elevador que não deixava a gente exatamente no nosso andar. Ele ficava entre andares, o que significa subir um lance do térreo (ou rez de chaussé, como eles chamam aqui) até o elevador e depois mais um lance de onde o elevador nos deixa até a nossa porta. E sobe e desce com caixas, malas, sacos e cachorro na cabeça!!!

Mas vocês acham que essa foi a nossa grande dificuldade? Não! É lógico que não! Afinal de contas, "no pain no gain"!!! O apto para o qual viemos entrou em obras  (que diga-se de passagem, atrasaram 3 semanas!) então todo o nosso esforço de carregar caixas, malas, móveis e eletrodomésticos foi dobrado, já que primeiro levamos tudo até a cave do apartamento novo e depois carregamos tudo da cave até o apartamento em si. O último fim de semana, que foi o fim de semana da mudança memo, foi muito cansativo. Na verdade, nós achávamos que não tinha mais quase nada no apartamento velho, só as nossas roupas, mas na hora de descer com tudo, surpresa!  Muita, muita, mas muita coisa. Entre levar tudo, fazer a última faxina e bater as portas foram umas 4 horas...

A via crucis do fim de semana foi a seguinte: o Leo viajou na sexta a trabalho e voltou no sábado, então na sexta-feira não pude levar nada para o apto, pois tava sem carro e sem a ajuda braçal que os maridos nos fornecem. Lógico que sobrou para mim a parte do trabalho "escrava Isaura". Vim eu de ônibus com uma mochila carregada de produto de limpeza e panos. Fiquei o dia inteiro limpando a casa que estava imunda, empueirada. Limpei janelas, espelhos, o piso, os banheiros, a cozinha, os armários, enfim, tudo. Acabei o dia exausta, mas sabendo que no sábado teria muito mais. Quando o Leo chegou de viagem, eu já estava aqui limpando ainda mais. Ele ficou de ir para a casa velha para pegar o que estava faltando e vir para cá.
Ele chegou e a primeira coisa que ele falou foi: "vamos ter que fazer outra viagem, não deu tudo no carro". Depois dessa frase eu já imaginava que ainda faltava muita coisa, o que quer dizer, muito trabalho.

Sábado, ficamos aqui limpando e montando a cama. Aí você deve estar se perguntando: "montando a cama?". É isso mesmo, porque nós compramos a cama (aliás não só a cama, mas a mesa de jantar e o móvel da tv) na Ikea, que é um loja que, apesar de ser muito legal e ter umas coisas lindas por um preço incrível, foi feita para testar os limites do seres humanos. Eu explico: você chega lá na Ikea e eles têm tudo para casa, eles dividem a loja em vários ambientes de uma casa e os móveis estão todos lá, montados e lindos. Aí você pesna "nossa, quero essa cama pra mim, é linda". Mas na hora que você compra, você não pensa que vai ter que montar tudo sozinho em casa, com o auxílio apenas de um papelzinho - que se você não consguir entender, o máximo que você pode fazer é sentar e chorar. O desespero só bate na hora que você está tirando tudo da caixa e começa a ver que aquilo vai ser uma missão impossível. E foi o que aconteceu com a gente. Quando a gente viu a quantidade de madeira, parafuso, fita e outras coisitas mais, começamos a ficar tensos. Já eram 18hs, mas o Leo, com a calma que Deus lhe deu, falou que era pra eu ficar tranquila, que ele ia montar rapidinho.

A nossa intenção era já de dormir essa noite no apartamento novo, mas às 2h da manhã, a bendita cama ainda não estava montada. Com as colunas acabadas e com a cama inacabada, voltamos para o apartamento velho - e a Cherie, tadinha, acompanhando a gente sem entender nada. Domingo começou cedo, Leo colocando o que faltava no carro e eu fazendo a faxina final na casa velha. Depois de quatro horas, viemos de vez para o para o apartamento novo. Chegamos e fomos acabar de montar a cama. Mais duas horinhas e o Leo finalmente acabou. Fomos então até a cave pegar todas as caixas, malas e sacos para trazer aqui para cima. Foi brabo gente, muito peso, muita tralha e muita confusão. Fomos dormir com o apartamento de cabeça pra baixo.

Durante essa semana, fomos montando o resto que faltava e esperando os outros móveis chegarem. Mas, como eu já disse antes, nada é tão fácil, então, depois de três dias de espera, o sofá-cama não chegou, as cadeiras da mesa de jantar atrasaram dois dias e o outro sofá não entrou no elevador - e como só eram dois homens que vieram para a entrega, eles não conseguiram subir pelas escadas até o nono andar. O sofá da sala, segundo os entregadores, deve chegar daqui a dois/três dias e o sofá-cama, só na quarta que vem. Vamos ver se será isso mesmo. 

Hoje, já estou um pouco mais tranquila, apesar de ainda ter muita coisa para fazer. As coisas estão começando a se ajeitar e o apartamento começando a ficar legal. Depois eu vou postar foto de tudo aqui para vocês, mas no próximo post, eu vou falar sobra a Bricolage, uma das atividades preferidas dos franceses e algo que se revelou um pesadelo para nós.  




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