quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Bruges e Bruxelas




Fim de semana passado fui finalmente a Bruxelas e a Bruges. Era uma viagem que eu queria muito fazer, mas ainda não tínhamos tido oportunidade e dinheiro. Como a mãe do Leo também queria voltar à Bélgica, ela nos convidou e fomos todos! Alugamos um carro e saímos no sábado de manhã daqui de Paris. O GPS nos levou por um caminho mais longo, que não tinha pedágio, então demoramos umas 4 horas para chegar lá, mas pela auto-estrada demora um pouco menos de 3 horas, super rápido.

Decidimos pelo seguinte roteiro: chegaríamos em Bruxelas, visitaríamos a cidade e ficaríamos até o anoitecer, seguindo depois para Bruges, aonde dormiríamos e passaríamos o dia seguinte. No domingo, voltaríamos a tardinha para Paris, parando para almoçar em Lille, cidade francesa pertinho da fronteira da Bélgica. Ao chegar em Bruxelas, achei tudo muito estranho e meio sujo. Paramos o carro e fomos para "o ponto turístico" da cidade, que é a Grand Place. Realmente a praça é linda, com uma arquitetura tipicamente belga e, durante a noite, o lugar fica mais bonito por causa da iluminação. Essa praça já foi considerada a mais bonita do mundo por alguns autores e em 1998 entrou para a lista de Patrimônio Mundial da UNESCO.

No entanto, se a minha singela opinião vale alguma coisa, eu acho que a tal praça não é isso tudo não. É bonita sim, com uma arquitetura diferente, mas é só isso. Desculpem a sinceridade, mas fui esperando muito e não achei nada demais. Além da Grand Place, visitamos outra atração turística da cidade, o Manneken, aquele bonequinho de bronze fazendo xixi. Olha gente, eu ainda estou tentando entender porque essa estatuazinha (zinha mesmo, porque é bem pequena) de uma menino fazendo xixi é um ponto turístico. Um monte de gente fica ali em volta para tirar foto de uma simples estátua... Se fossem só botafoguenses espalhados por ali, eu até entenderia - o símbolo do botafogo é uma cópia do Manneken - mas não, são turistas das mais diversas nacionalidades. Bom, vai entender né? Turista é uma coisa meio estranha mesmo. Por via das dúvidas, eu tirei uma foto lá também hahahah. Visitamos ainda a Galerie de la Reine e a Galerie du Roi, muito bonitas.

Pelo que eu vi nos cartões postais, a cidade fica bonita mesmo na primavera, quando se estende um enorme tapete de flores na praça principal. Se você for no inverno como eu fui, aproveite o que, para mim, são as grandes atrações da cidade: as milhares lojas de chocolates (os belgas são considerados, junto com os chocolates suíços, os melhores do mundo) e os muito tipos de cerveja! Vale a pena comer bastante chocolate e tomar diferentes tipos de cerveja em um dos muitos pubs espalhados pela cidade. Ah, as batatas-fritas também são tradicionais por lá! Dê uma provada também

No geral mesmo, não achei nada demais em Bruxelas. Não digo que você tenha que retirar a cidade do seu roteiro, mas não deixe mais do que algumas horas para a cidade. Já Bruges.... Ai meu Deus, Bruges é um encanto, é uma cidade de conto de fadas!! Vamos ao relatório completo: Bruges é uma cidade com menos de 120 mil habitantes localizada na região de Flandres, Bélgica. A cidade é toda recortada por pequenos rios e por isso é chamada também de Veneza do Norte. Gente, sem exageros, a cidade é linda e o seu centro histórico está também na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO.

A praça principal parece uma pracinha toda montada por aquele brinquedo, da década de 80, "pequeno construtor", sabe? Um que era uma caixinha cheia de partes de casinhas em madeira com tijolinhos coloridos desenhados, lembra? Depois vou botar uma foto para vocês verem! A cidade parece mesmo um sonho: nos rios que a cortam, cisnes e barquinhos por todos os lados com casas e pequenos castelos em suas margens; nas calçadas, além de muitas lojas de chocolates, charretes com cavalos lindos para lá e para cá e claro, praças magníficas, casas lindíssimos, igrejas, torres enormes e tudo o que há de mais romântico nesse mundo. É ou não é parada obrigatória se você vem em lua de mel para a Europa??? Está mais do que indicado hein gente?! 

Nós passamos uma noite lá e tivemos a chance de ver a cidade à noite, que fica ainda mais charmosa... O ideal é ficar hospedado no centro histórico mesmo, aonde estão todas as atrações da cidade. Se o seu hotel está nessa meiuca, você pode fazer tudo andando! Os restaurantes não são muito baratos, mas são muito charmosos e vale a pena um jantar a dois! Resumindo, eu posso dizer que estou apaixonada por Bruges. Uma mistura de Amsterdam com Veneza que deixa qualquer um encantado!!!

Para finalizar a viagem, como eu tinha dito, na volta paramos para almoçar em Lille. A cidade, apesar de ser francesa, tem uma arquitetura bem similar à belga e tem lá o seu charme; a praça principal tem prédios antigos enormes que mostram bem essa característica. Mas sinceramente gente, depois de Bruges, qualquer destino dessa viagem seria mais ou menos. E foi exatamente isso que eu achei de Lille, mais ou menos.

Ufa! Escrevi demais!! Vou colocar agora algumas fotos da viagem.
Embaixo, fotos de Bruxelas.









Agora, fotos de Bruges!
















Agora, diz pra mim que não é igual ao brinquedo que eu falei?





segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Grécia




Ainda não falei muito da Grécia aqui no blog, só tinha colocado umas fotos em um post anterior, por isso hoje resolvi escrever para contar a experiência maravilhosa que eu tive com o Leo nesse país lindo! 

Sempre tive o grande sonho de ir para a Grécia, e falava inclusive, para quem quisesse ouvir, que a minha lua de mel seria lá (alíás, é uma ótima opção mesmo para casais recém-casados!). Quando decidimos viajar para encerrar a nossa temporada na Europa, na metade do ano em 2008, comecei a colocar a idéia na cabeça do Leo. Passava fotos, imagens e videos da Grécia incessantemente para ele, coitado, que, depois de uma overdose de informações, começou a gostar da idéia. Começamos a pesquisar preços e lugares para poder inserir o meu sonho na nossa planilha de viagem. Um site que me ajudou muito, pelo menos pelas lindas imagens e boas informações sobre as ilhas gregas foi o http://www.grecotour.com/ . Eu olhava esse site o dia inteiro escolhendo quais ilhas iríamos visitar, por onde começaríamos a nossa viagem, como iríamos nos locomover no país e quanto tempo precisaríamos em cada lugar.

Como a Grécia seria o último destino da nossa super viagem, que começaria no fim de junho e acabaria no meio de agosto, tínhamos que descobrir qual a melhor e mais barata maneira de se chegar à Grécia partindo da Itália. Isso não foi difícil, e logo descobrimos que exisitiam várias companhias que faziam o caminho Itália - Grécia por mar. Essa nos pareceu a melhor opção porque passaríamos a noite no barco e o preço da passagem saía mais barato do que uma passagem de avião + uma diária em um hotel. Foi a partir daí que resolvemos incluir a ilha de Kefalônia no reteiro, que era aonde chegava o navio que partia de Bari.

A princípio, eu queria visitar todas as principais ilhas (impossível!), mas eu encasquetei que não queria cruzeiro, porque achava que iria aproveitar pouco de cada local. Fechamos um total de 12 dias no país e depois de muito sofrer (para selecionar os destinos finais) decidimos que iríamos a Atenas, Mykonos, Santorini e Kefalônia. Isso dava uma média de 3 dias em cada local, o que para mim estava de bom tamanho. É lógico que deixamos muitos lugares para trás, mas com um pouquinho de tempo a mais em cada uma dessas cidades, poderíamos conhecer também algumas ilhas menos conhecidas (próximas aos locais que iríamos) fazendo passeios de duração de um dia.

Começamos a viagem saindo de Bari e chegando na manhã seguinte a Kefalônia que, diga-se de passagem, foi o lugar que eu mais gostei. Kefalônia é uma ilha grande, mas não tão conhecida entre os brasileiros. Faz muito sucesso entre os europeus, mas é claro não chega a ser tão conhecida como Santorini e Mykonos. É uma ilha com muitas praias desertas e paradisíacas. Se você já pensou em ir à Grécia para a lua de mel, não deixe Kefalônia de fora do roteiro. Nós ficamos 3 noites na ilha e dois dias inteiros. No primeiro, alugamos um barquinho e exploramos as praias que só tem acesso por mar (não precisa saber guiar barco nem ter carteira, você tem uma aulinha rápida na hora) . Visitamos muitas, todas pequeninas e sem nenhuma outra pessoa! Parávamos o barco, dávamos um mergulho, ficávamos um pouco na areia e depois partíamos para outra prainha. No barco tínhamos um isopor com bebidas e alguns biscoitos. No segundo dia, alugamos uma scooter e fomos as praias do circuitão, que também são maravilhosas, mas é claro, cheias de gente!













De avião, fomos para Atenas. Ficamos lá dois dias, mas sinceramente me decepcionei um pouco com a capital grega. Atenas guarda um parte importantíssima de uma história milenar, mas a cidade não me parece pronta para receber turistas. Nos monumentos, não existem serviços como guide tour ou até mesmo distribuição de folhetos para explicações e isso faz com que você tenha que sair do hotel com uma excursão guiada para conhecer a cidade. Chegar na cara e na coragem, por conta própria, para fazer as visitas turísticas é furada. Você vai ficar olhando aquelas construções magníficas e não vai entender absolutamente nada do que está vendo, já que não vai receber auxílio de nada nem de ninguém.











Depois de Atenas, seguimos para Mykonos, por ferryboat. Mykonos é mundialmente conhecida pelas praias e pelas festas. E é isso mesmo! O que se vê por lá são praias maravilhosas e festas 24 horas por dia. Tem festa de manhã, à tarde e à noite. Se você tiver pique, pode emendar uma festa na outra e passar alguns dias sem dormir, ou então, dormir na praia mesmo. Eu e Leo não fizemos isso, aproveitamos mais as praias do que as festas, mas fomos a uma boate que não me lembro mais e também a uma pré party, na super paradise beach (essa praia e a paradise beach são as mais cotadas para essas festinhas de pré e de pós night). É bem cansativo, mas eu acho que se eu voltasse, tentaria aproveitar mais as festas também, principalmente às que rolam depois das nights - as after parties, como são conhecidas por lá -  que começam às 5 da manhã e acabam ao meio dia. Todo mundo diz que essas festas bombam demais! Para andar pela ilha alugamos também uma scooter. São muitas praias e as distâncias são relativamente longas. Optamos pela moto porque é mais fácil para estacionar do que carro, mas o carro é melhor para a noite.











Nossa última parada foi Santorini. A minha idéia de Grécia sempre se resumiu nas imagens que eu via na tv e na internet de Santorini. Aquelas casinhas branquinhas com telhados azuis no alto de uma montanha cercada por mar por todos os lados. Quando chegamos na ilha, vimos um visual muito bonito, mas as imagens que estavam na minha cabeça, eu só pude ver em Oia, a parte da ilha que é exatamente como eu tinha visto nas fotos. Oia é aparte mais charmosa da ilha, mas também a mais cara. Os hotéis são encantadores, mas têm preços salgados e é nessa parte de Santorini que estão também as melhores lojinhas. O visual do lugar é estonteante, mas como eu gosto de areias brancas, não liguei muito para as praias dessa ilha. Destaco a praia vermelha, que é realmente muito diferente do que tinha visto antes e linda demais. Tem também a praia negra, mas essa  só achei diferente e não bonita. Em Santorini, alugamos carro, porque as distâncias são realmente bem grandes.










Resumindo: amei a minha viagem, achei tudo lindo e maravilhoso mas fiquei com gostinho de "quero mais". No total, a Grécia tem mais de 1000 ilhas, ou seja, é impossível conhecermos todas, mas eu deixo uma dica: vale a pena conhecer as grandes ilhas e as mais visitadas sim, mas as pequenas, e quase que desconhecidas, podem revelar paisagens lindíssimas e são perfeitas para quem está fugindo de agitação e em busca de um paraíso perdido! Outra dica importante é levar uma havaianas daquelas que são presas atrás, porque muitas praias na Grécia são de pedrinhas e podem machucar se você está descalço/a.





sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Miscelânea







Hoje é aniversário da Cherie! A coisa fofa faz um aninho de vida!!! Nem parece.. O tempo passou muito rápido! Só em 2010 já estamos quase chegando em março. Isso significa também que o meu casamento está mais perto!

Falando em casamento, essa semana fui andar por uma região bem popular daqui de Paris, pertinho da Sacre Coeur, para fuxicar as lojas de noivas, que são muitas por lá. A parada de metrô é a Barbès-Rochechouart, na linha 2. O fato é que lá tem coisas muito baratas! Entretanto, achei tudo muito brega... É muito diferente do nosso gosto e da nossa cultura de casamento aí do Brasil. Então passei uma tarde inteira por lá, mas não achei nada de interessante...

Ainda no assunto casamento, queria falar sobre amendoas.




Nos últimos casamentos que eu fui, as amendoas não estavam presentes e eu acho que as pessoas estão substituindo esse mimo por outras lembrancinhas mais modernas. Mas eu acho tão legal, cheio de significado e, ainda por cima, tão gostoso! Acho que a tradição de distribuí-las em casamento se iniciou na Itália e os italianos acreditam que elas trazem felicidade ao casal. Segundo o povo italiano, deve-se distribuir-se cinco amendoas para cada convidado, que representam saúde, felicidade, vida longa, fecundidade e riqueza. Acho tão bonitinha  e tão significativa essa tradição, que quero tê-la na minha festa!

Na França, a tradição também existe e, por isso, a produção de drágeas de amendoas é grande por aqui. Eu ainda não vi o preço desse produto aí no Brasil, mas pelo que já me falaram, é bem mais caro do que em Paris. Andei procurando e encontrei nos supermercados daqui caixinhas de 1kg de amendoas, de qualidade excelente, por 28 euros. Muito barato né? Eu vi de vários tipos, mas as que eu mais gostei foram as tradicionais e as com chocolate (uma delícia, gente!). A vendedora de uma loja me disse que colocando 5 drágeas por pessoa, 500g dão para 40 convidados. Fazendo os cálculos, quatro caixinhas seriam mais do que suficientes para a minha festa. Eu to achando que vou levar as amêndoas daqui mesmo! Ainda mais porque não estragam, é só deixar longe do sol!!

É isso. Esse fim de semana vamos à Bélgica, e na segunda conto para vocês como foi tudo!
Bom fim de semana!



domingo, 14 de fevereiro de 2010

Mont Saint-Michel e Saint Malo



Esse fim de semana alugamos um carro e fomos para a Bretanha e Normandia, visitar o Mont Saint-Michel e a cidadezinha de Saint Malo. Gente, para variar, como todos os lugares que eu já visitei aqui na França, achei tudo lindo! O nosso roteiro foi o seguinte: saímos sábado cedo de Paris e depois de 3:30h chegamos a Mont Saint-Michel. Conhecemos o lugar e depois fomos para Saint Malo, onde dormimos e ficamos a manhã de domingo.







O Monte fica localizado na região da Normandia, no departamento da Mancha. Acredita-se que foi construído em 708 em homenagem a São Miguel Arcanjo e, depois, monges beneditinos se instalaram na abadia e uma cidadezinha foi crescendo ao redor. No período da Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, foi muito importante para marcar o território francês já que resistiu a várias tentativas de invasão pela Inglaterra. Por isso, o Monte é um símbolo da identidade nacional francesa. Em 1979, foi classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO. 

Na verdade, eu sempre tive muita vontade de conhecer o Mont Saint-Michel, pelas fotos maravilhosas que eu via pela internet, então eu fui com uma expectativa muito grande. Realmente achei muito lindo, o visual que se tem daquela pedra imensa, encravada no meio do canal da Mancha, com uma abadia linda de morrer em cima, é de babar! Mas confesso que lá em cima, eu não achei nada de muito diferente do que já vi por aqui. Então, na minha opinião, o bonito mesmo é a vista que se tem do local e 3 horas são suficientes para visitar tudo e tirar fotos, muitas fotos!  A minha dica é chegar lá no fim da tarde, porque aí você consegue tirar fotos ainda com a luz do dia e depois, durante a noite, mas atenção: a visitação interna da abadia vai até às 17hs! Eu não pensei nisso e, como chegamos relativamente cedo em Mont Saint-Michel, depois eu voltei de novo com o Leo só para tirar as fotos de noite.





De Mont Saint-Michel partimos para Saint Malo, que me surpreendeu muito! Saint Malo fica na região da Bretanha e é uma cidade relativamente grande, mas a principal parte turística é a cidade intramuros. É uma viagem no tempo! Já visitei muitas cidades com centro histórico murado, como se fazia antigamente para se demarcar o território, mas, na minha opinião, o grande diferencial de Saint Malo é a mesma que fica localizada em frente ao mar. Por causa disso existem várias praias ao redor da parte intramuros e a minha opinião é de que essa cidade deve bombar no verão! A gente percorreu toda a fronteira da parte histórica em cima dos muros, de onde se tem uma vista diferenciada! Lá dentro, a gente visitou a igreja e andamos pelas ruelas cheias de charme do local. Um ponto alto são as lojinhas (muitas coisas fofas para comprar) e os restaurantes maravilhosos e baratos! Isso mesmo, os menus custam em torno de 13 euros. Não deixem de comer os tradicionais crepes feitos com a farinha de sarrazin (preta) e as cidras, ambos típicos da região da Bretanha. Uma delícia, gente!!!


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dama Melancia




Gente, já falei que rio muito com os comerciais da Globo Internacional, né? É que eles são, em sua maioria, destinados à Angola. Além dos filmes serem toscos demais, o português que se ouve é muito engraçado. Além da pronunciação que é bem distante da nossa, algumas palavras são diferentes, como é o caso de garoto/garota por exemplo, que no português deles é miúdo/miúda.

Pois bem, estava eu, ontem, assistindo televisão, quando ouvi a seguinte frase: "Carnaval do Jindungo com a dama Melancia". Juro que demorei um pouco para entender, mas, quando me liguei, não parei de rir. A presença ilustre tratava-se da mulher Melancia! Vejam se eu posso com isso? Até que fica mais pomposo e elegante! A mulher Melancia, digo, a dama Melancia, deve estar contente com a novo nome hahahhha


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Château de Chantilly






Esse fim de semana, fomos ao Château de Chantilly. Eu só conhecia o castelo de nome, devido ao fato de ter sido lá o casamento do Ronaldo com a Daniela Cirarelli, em 2005. Nunca tive muita vontade de conhecer, até que uma amiga da minha mãe, a Sueli, depois de ter feito uma excursão ao local, me recomendou o passeio. Pois bem, já que estou aqui pertinho, por que não?

Então, domingo, eu, Leo, minha sogra e uma amiga dela, resolvemos pegar o trem e ir até lá! O acesso não é complicado, só um pouco cansativo se você quiser ir de trem. Como não temos carro, pegamos o RER D1, na estação de Chatelet, e seguimos até a parada Chantilly-Gouvieux. São aproximadamente 45 minutos de viagem até o ponto final e mais o tempo que se leva para chegar da estação até o castelo. Como não achamos nenhum taxi, fomos a pé mesmo e caminhamos cerca de 2km até lá. A caminhada é feita dentro de uma floresta, em uma trilhazinha que beira uma estradinha. Não preciso nem dizer que é lindo, né gente? E quando se chega lá, a surpresa é ainda maior: o castelo é simplesmente maravilhoso!

Nós não esperávamos que fossemos gostar tanto, até porque pelo caminho passamos por bairros muito pobres e até mesmo favelas. Mas lá, na cidadezinha de Chantilly, a paisagem é outra! O castelo é enorme, esplendoroso e guarda todo o charme de uma construção secular! O palácio está no lugar de um castelo medieval que inicialmente foi construído em 1560. Entretanto, só parte desse castelo (o petit château) ficou de pé após a Revolução Francesa. Em 1870, o grand château foi reconstruído para o último filho do Rei Luís Filipe I, Henrique de Orleães, o Duque d'Aumale.

Além do château ser lindo por fora, dentro do castelo está o Museu Condé, que abriga as colecções de pintura, desenhos e livros antigos do Duque d'Aumale. A biblioteca (que está no petit château) guarda cerca quinhentos manuscritos e doze mil volumes. Gente, lá tem livros do ano de 1200! É uma coisa surreal, muito lindo! Ah, e o ingresso para o castelo dá direito também a uma visita guiada aos apartamentos do conde (em francês, é claro hahahah).

Bom, resumo do dia: o château de Chantilly é uma visita mais que obrigatória se você vem à Paris e vai ficar tempo o suficiente para deixar a cidade um dia! Não quero comparar com Versailles, que também é muito bonito e único. Os estilos são bem diferentes, Versailles esbanja ouro e riqueza, já Chantilly é mais imponente enquanto construção - isso é claro na minha opinião. Ambos os castelos têm jardins lindos, mas talvez o de Versailles seja maior. Enfim, os dois castelos merecem visita e com certeza não vão decepcionar você.

Abaixo, algumas fotos de Chantilly que eu tirei no domingo!















*As informações sobre Chantilly foram tiradas da Wikipedia


sábado, 6 de fevereiro de 2010

A escolha do videomaker




Hoje, vou falar como escolhi o meu videomaker, a pessoa que vai filmar meu casamento e meu making off. Na verdade, eu não tinha idéia do tipo de filmagem que queria para o casório, só sabia de duas coisas: tinha que ser de qualidade e não podia ter aquele spot com uma luz que cega os noivos e os convidados. Desde que eu me entendo por gente, eu odeio aqueles cinegrafistas que ficam atrás das pessoas nas festas com aquela "luz" insuportável na cara de todo mundo. Não existe uma pessoa sequer no mundo que saia bem no filme!

Outra coisa que eu sabia, que era de extrema importância, era o fato de o meu fotógrafo, no caso, a minha fotógrafa, se dar bem, ter sintonia com o videomaker. Por isso, desde o primeiro momento em que comecei a procurar o fotógrafo, sempre pedia indicações de cinegrafistas. Foi assim que eu elaborei uma lista com vários nomes e comecei a procurar os trabalhos dos pré-selecionados na internet! 

Assim como os fotógrafos, existem muitos profissionais que fazem filmagem no mercado, com diferentes orçamentos e estilos.

Quando eu contratei a Renata Xavier, pedi a ela também as suas indicações, e apesar de já ter tido feito uma segunda seleção da minha primeira listinha, confesso que dei mais relevância à lista da Re, que afinal seria a minha fotógrafa! Foi assim que cheguei no nome do Beto Santoro, da BV1 Produções. Olhei o site dele, conversei muito com a Re e depois liguei para o próprio Beto. Adorei a nossa conversa, ele foi super gente boa e acabou que fechamos logo depois da ligação.

Em agosto, quando fui para o Rio, fomos no estúdio dele e percebemos que o cara era fera mesmo! Os filmes dele, além de emocionantes, são de altíssima qualidade! Ele sabe tudo de tecnologia e é super antenado! Uma prova disso, é que na época que eu fechei o contrato, ele era um dos poucos que oferecia a opção de entregar o vídeo em Blue Ray! O Leo, que adora esses assuntos tecnológicos, ficou amarradão e graças a Deus, mais uma vez ficamos bem satisfeitos com a nossa escolha!

Acho que o importante disso tudo é que, se você está a procura de um videomaker, deve procurar bem. Olhe todas as opções de profissionais que seguem o seu estilo e pergunte para o seu fotógrafo se ele conhece o trabalho do cinegrafista! Essa sintonia entre o videomaker e o fotógrafo (assim como com todos os profissionais que trabalharão juntos no casamento) é muito importante. Eu já soube de histórias de casamentos em que a noiva contratou profissionais que não tinham entrosamento e um acabou atrapalhando o trabalho do outro. Nesse caso, os maiores prejudicados são os noivos, que acabam não recebendo um produto de qualidade! Muitos desses casos, são de noivas que escolhem contratar dois fotógrafos para o casório e não deixam claro quem é o primeiro fotógrafo e quem é o fotógrafo de apoio. Aí vocês já imaginam o resultado né? Fotos que ficam a quem do esperado e um stress sem igual para a noiva... 




quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

La Défense





Hoje, fui almoçar com o Leo na cidade onde ele trabalha. Falando assim parece que é longe, né? Mas não, ele trabalha em La Défense, que é uma cidadezinha a 6 paradas de metrô do Arco do Triunfo. Quase ninguém sabe que La Défense é outra cidade, todo mundo pensa que é um bairro de Paris, que aliás atrai cada vez mais turistas. E é por isso mesmo que eu estou falando de La Défense! Para quem está vindo a Paris, eu acho válido dar uma passadinha em La Défense, para conhecer o centro econômico da cidade luz, a parte mais desenvolvida e moderna da cidade.

Todo mundo que chega aqui espera encontrar uma cidade secular, e é isso mesmo que se vê por toda a parte, mas em La Défense há uma quebra total deste paradigma. O que se vê por lá são prédios altíssimos, arranha-céus e muitos executivos andando para lá e para cá. Juro que tem um ar de Manhattan, mantidas as devidas proporções, é claro. Nada de letreiros luminosos por todos os cantos e aquele bando de lojas lotadas da Times Squares!

A grande atração de La Défense é o "Novo Arco do Triunfo", aqui chamado de La Grande Arche. O Arco, enorme e super moderno, é na verdade um prédio do governo e foi construído na mesma linha central de Paris (na qual estão o Arco do Trinfo, a Champs Elysées, a Place de la Concorde e o Louvre). Se você tiver tempo, pegue a linha 1 do metrô e salte na parada La Défense, para andar um pouquinho por ali e tirar umas fotos do novo arco! Ah, e se você vier na época do Natal, acontece ali uma feirinha que é um charme. No marché de Nöel, como eles chamam por aqui, a gente encontra barraquinhas com comidas típicas de vários países, muitos tipos de roupas de inverno e ainda diversos produtos europeus (que vão desde brinquedos para crianças, até objetos de decoração)! É totalmente diferente do que temos no Rio, vale muito a pena conferir esses mercadinhos!




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sessão de fotos em Paris!






Eu não sei se já falei para vocês, mas eu estou com uma certa fixação por fotografia. Eu acho que isso começou depois que eu passei a procurar um fotógrafo para o meu casamento. Vi tantas fotos lindas, que hoje em dia eu realmente acho fotografia uma coisa muito interessante! Eu gosto de todos os temas, não é só casamento não, mas tenho que admitir que nesse momento, estou mais voltada para as fotos românticas, de casais apaixonados, no grande dia ou simplesmente em algum lugar lindo!

Umas fotos que realmente me marcaram foram as de um álbum específico, que a Renata Xavier me mostrou quando eu fui no estúdio dela, em agosto do ano passado. Ela fotografou um casal de gringos que tinha ido se casar no RJ. Não teve festa, teve apenas a cerimônia legal no consulado, e fotos, muitas fotos! O casal tinha escolhido se casar no Rio justamente pela beleza da cidade e a Re registrou exatamente o que eles queriam.  Ela fez uma seleção dos pontos mais lindos do Rio e levou o casal para uma sessão de fotos única. Ufa, não preciso nem dizer que as fotografias eram de tirar o fôlego! Deu para notar que aquelas fotos iam ficar para sempre na memória do casal! O álbum ficou uma coisa de lindo! Na hora eu imaginei a cara dos amigos e dos familiares quando viram aquele ensaio...

Pois é, foi pensando nisso que eu encasquetei uma idéia na minha cabeça: queria fazer uma sessão de fotos com o Leo aqui em Paris. Afinal, nada mais lógico né? Já estamos morando aqui há mais de um ano e foi aqui que começamos a compartilhar uma vida de casal propriamente dita! E além do mais, Paris é realmente uma cidade exuberante, uma das mais lindas do mundo! Tudo isso me levou a uma conclusão: eu não sairia daqui sem esse ensaio, isso era um fato! 

A primeira pessoa com quem falei, foi a Renata, perguntei para ela, como quem não quer nada, se ela não estava planejando vir de férias para cá! Afinal, eu não sou rica gente e seria impossível eu pagar a passagem de alguém, do Rio para Paris, para tirar fotos nossas aqui. Se a Re viesse de férias seria perfeito, porque eu pagaria somente o ensaio! Bom, o tempo foi passando e até essa semana a Re ainda não tinha uma resposta, ela não sabia se ia vir mesmo de férias ou não. Eu, como não tenho certeza até quando vou ficara aqui - a princípio até maio - comecei a ficar preocupada em transformar em realidade o meu sonho...

Foi aí que eu descobri no blog da Fernanda Floret, o vestida de noiva (aliás, muito bom esse blog gente! noivinhas não deixem de ler porque a Fernnada dá varias dicas excelentes!)  a Operti, uma empresa de fotografia que me chamou atenção pelo fato de fazer trabalhos tanto no Brasil, como na Itália. Eu vou explicar: é que a empresa é formada pela Helen Miyuki, uma brasileira, que é casada com o Alberto Operti, um italiano. Juntos, eles dividem o tempo entre Brasil e Europa fazendo o que eles mais gostam, fotografar!

Não preciso nem dizer que depois que olhei o site e vi a qualidade do trabalho, fiquei empolgadíssima!! Eu já sabia que não sairia caro uma passagem de Milão para Paris pela Ryanair e que seria possível sim, trazê-los para cá para fazer o tal ensaio, que eles chamam de e-session, uma sessão pré-casamento com os noivos. Troquei e-mails com a Helen e além de descobrir que o orçamento era acessível, descobri também que ela era uma simpatia! Ah, e a Operti, além de fotos, faz vídeo também! Melhor ainda, né gente?

Bom, como estou falando muito, vou encurtar: ontem fechei com eles e estou muito feliz!! Marcamos a e-session para o dia 15 de maio e eu estou super empolgada!!! Agora é torcer para não chover, porque eu tenho certeza que o resto vai ser maravilhoso! Muitas fotos e um vídeo em plena primavera, que é quando Paris fica estonteantemente bonita! Ai meu Deus!!! Quero que chegue logo!!! Já estou me sentindo a Helena, de Viver a Vida, quando ela veio para Paris na viagem de lua de mel hahah

A foto lá de cima é da Operti, em uma e-session que eles fizeram! Não é linda, gente? Eles são realmente muito bons! Imagina quando for a gente aqui em Paris??!!!






terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Bomba no Metrô?!






Uma das coisas que mais nos fazem sentir que estamos fora do nosso país é a cultura. É lógico que todas as culturas têm pontos positivos e pontos negativos quando analisadas pelos estrangeiros né? Hoje, aqui em Paris, eu e Leo tivemos a oportunidade de vivermos um episódio que eu tenho certeza que dificilmente viveríamos no Rio de Janeiro, ou até mesmo no Brasil.

Estávamos dentro de um vagão do metrô, na linha 2, quando um professor, que carregava umas 15 crianças com ele (isso aqui é super normal - as crianças das escolas fazem seus passeios escolares de metrô), chamou os guardinhas da RATP, enquanto o trem estava parado na estação, para avisar que havia uma pasta abandonada dentro do vagão. Aí pronto: pára tudo, começa uma comunicação ininterrupta entre os guardinhas pelos radios e o povo todo tem que sair as pressas do metrô e em seguida da estação. É, uma simples pasta de documento estava sendo encarada como uma bomba!

A estação ficou fechada e a linha 2 teve o tráfego interditado. Uma confusão entre os passageiros que pareciam encarar como piada tudo aquilo. A verdade é que os parisienses já aprenderam a lidar com essa ameaça ( que para mim não existe - eu nunca soube de nenhuma explosão por aqui). Como, na maioria das vezes - graças a Deus - não passa de uma ameaça, a situação já é engraçada. As lixeiras de rua aqui, por exemplo, são de plástico transparaente para que se possa enxergar uma eventual bomba. Como eu disse, procurar bomba por aqui já é costume. 

Bom,  para mim a situação não foi nada engraçada! Tudo isso me deixou de mau humor, tivemos que catar um ônibus pelos arredores, debaixo de chuva e de frio, e chegamos atrasados para o nosso compromisso.
Achei tudo um pouco exagerado, mas a gente tem que aceitar né? Fiquei imaginando se isso acontecesse no metrô do Rio. Vocês acham mesmo que alguém ia achar que uma pasta era uma bomba e ainda por cima chamar a polícia para avisar? De jeito nenhum! Com certeza algum espertinho ia pegar a tal da pasta, levar para casa e pegar o dinheiro que tinha dentro. Se realmente fosse uma bomba, o malandro ia explodir sozinho, achando que tinha se dado bem hoje...

É, a gente tem que se acostumar né? Fazer o quê!

Isso também é Paris!



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Que dor no coração!





A época do carnaval é uma das piores para quem mora fora do Brasil. Isso porque não existe em lugar nenhum do mundo carnaval igual ao do nosso país! Nenhum outro país entra nesse clima de festa e alegria e pára tudo só porque é carnaval. Vejam bem: eu não estou discutindo aqui se é certo ou errado parar tudo só porque é carnaval, mas estou constatando que quando estamos longe, essa farra toda faz muita falta!

Esse será o terceiro carnaval que eu passo na Europa. No primeiro ano em que isso aconteceu, em 2008, eu estava em Madrid, e junto com a minha amiga de apartamento, também brasileira, nós fomos atrás do que falaram para a gente ser um desfile de carnaval! HA HA HA, essa é a melhor descrição para a nossa noite, que foi definitivamente um desastre, ou melhor, uma piada. Sim, houve um desfile que cortou a cidade, mas não, não era um desfile de carnaval, eram simplesmente pessoas desorganizadas, cada uma com uma roupa mais estranha do que a outra, desfilando em carros, que estavam longe de ser carros alegóricos. Nós ficamos lá talvez uma hora e ainda por cima no frio, claro, porque enquanto em fevereiro o povo brasileiro lota as praias e reclama do calor, as pessoas aqui na Europa se esncondem nos casacos para se proteger do frio... Foi realmente uma experiência traumática para mim e para a Liana também.

Por causa dessa experiência, ano passado, quando o Leo me falou de um desfile de carnaval aqui pelas ruas de Paris eu falei: "não vou nem que você me pague!". Esse ano, mais uma vez a minha saga se repete... Logo comigo, carioca da gema, acostumada com os bloquinhos de rua, com desfile na Apoteose e até com o carnaval de Salvador. Ai meu Deus, por que???? É por isso que me dá uma dor no coração de olhar no orkut e no twitter os relatos e as fotos dos meus amigos no pré-carnaval do Rio... Ai, que saudadesssss

Mas vocês estão achando que esse ano está tão ruim assim? Não!!! Esse ano pelo menos eu tenho a Globo Internacional que vai transmitir os desfiles da Apoteose e ainda os blocos de Salvador! O que mais eu posso querer??

Eu juro para vocês que isso está me deixando mais feliz, embora eu jamais pensei que fosse gostar de ver os desfiles das escolas de samba pela tv! Pelo contrário, no Rio, eu sempre achei um saco assistir isso! O bom mesmo era sair para o Circo Voador, Lapa, Bloquinhos de rua no Centro, Ipanema, Leblon, Santa Teresa... Ai meus bons tempos... Mas tudo bem, quem não tem cão caça com gato!