terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Bomba no Metrô?!






Uma das coisas que mais nos fazem sentir que estamos fora do nosso país é a cultura. É lógico que todas as culturas têm pontos positivos e pontos negativos quando analisadas pelos estrangeiros né? Hoje, aqui em Paris, eu e Leo tivemos a oportunidade de vivermos um episódio que eu tenho certeza que dificilmente viveríamos no Rio de Janeiro, ou até mesmo no Brasil.

Estávamos dentro de um vagão do metrô, na linha 2, quando um professor, que carregava umas 15 crianças com ele (isso aqui é super normal - as crianças das escolas fazem seus passeios escolares de metrô), chamou os guardinhas da RATP, enquanto o trem estava parado na estação, para avisar que havia uma pasta abandonada dentro do vagão. Aí pronto: pára tudo, começa uma comunicação ininterrupta entre os guardinhas pelos radios e o povo todo tem que sair as pressas do metrô e em seguida da estação. É, uma simples pasta de documento estava sendo encarada como uma bomba!

A estação ficou fechada e a linha 2 teve o tráfego interditado. Uma confusão entre os passageiros que pareciam encarar como piada tudo aquilo. A verdade é que os parisienses já aprenderam a lidar com essa ameaça ( que para mim não existe - eu nunca soube de nenhuma explosão por aqui). Como, na maioria das vezes - graças a Deus - não passa de uma ameaça, a situação já é engraçada. As lixeiras de rua aqui, por exemplo, são de plástico transparaente para que se possa enxergar uma eventual bomba. Como eu disse, procurar bomba por aqui já é costume. 

Bom,  para mim a situação não foi nada engraçada! Tudo isso me deixou de mau humor, tivemos que catar um ônibus pelos arredores, debaixo de chuva e de frio, e chegamos atrasados para o nosso compromisso.
Achei tudo um pouco exagerado, mas a gente tem que aceitar né? Fiquei imaginando se isso acontecesse no metrô do Rio. Vocês acham mesmo que alguém ia achar que uma pasta era uma bomba e ainda por cima chamar a polícia para avisar? De jeito nenhum! Com certeza algum espertinho ia pegar a tal da pasta, levar para casa e pegar o dinheiro que tinha dentro. Se realmente fosse uma bomba, o malandro ia explodir sozinho, achando que tinha se dado bem hoje...

É, a gente tem que se acostumar né? Fazer o quê!

Isso também é Paris!



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